Sunday, July 30, 2006

Eu, tu e todos os que conhecemos...

Numa sala de cinema há todo um tempo e espaço a respeitar. Em alguns casos, implica a vivência de uma experiência tão transcendental, que para alguns se torna espaço sagrado...
E para alguns, o som de abertura de uma embalagem é encarado como o desrespeito pela lei do silêncio que deve prevalecer em todo o tempo da experiência. E se nos momentos iniciais de uma película, algum desavindo nos encontra prevaricando, podemos contar certamente com a reacção competente.

Contudo, um determinado casal surpreendeu-nos hoje. Chegámos, três atrasados e já corria o filme. Depois de atabalhoada entrada, iniciámos distraidamente a abertura de um pacote de pequenas pepitas de chocolate. Depois de três ou quatro comidas, as duas pessoas do meu lado levantam-se.

Levantamo-nos com a fantasia que teriam ficado chocados pela cena inicial de uma mão regada de gasolina a arder... Quando, ao passarem por nós lançam-nos um inesperado e sussurrado “Não sabia que é proibido comer nesta sala!?”. Atónitos, pensámos “Não!...”

A partir desse momento, o silêncio pesou-nos o abdómen... E essa estranheza só saiu completamente do corpo depois de sairmos da sala, já no carro, quando um de nós associou a sua reacção àquele tipos de pessoas: ))><(( *

*“You poop into my butt hole and I poop into your butt hole... back and forth”.

Uma gargalhada colectiva rebentou, libertando todos os risos contidos de cenas do filme.

-“Macaroni”!

Rimo-nos, em transcendência!...

Friday, July 07, 2006

Em sonhos, todos somos psicóticos...

The Great Paranoiac (1936) - Dali
Em quantos sonhos voámos, escutámos ideias de animais, ou fomos invencíveis?...
Desrealizámos, alucinámos e despersonalizámos... fomos loucos... e muitas vezes com prazer!