Saturday, November 11, 2006

A enxada

Via na sua face o esculpir do tempo, por montes e vales de rugas, frutos de convulsões, num viver de emoções marcadas e alternadas.

E do corpo, a sua mão. Transfigurada pelos ritmos da força sobre raízes antigas e mastigadas pela lâmina bota.... No cabo marcam-se as pancadas do tempo, como erosão no momento, de uma máquina implacável de ritmos firmes. Encolhido à forma do encaixe. Foi essa a surpresa!.. A obsessão de um jeito perene, marcou a forma de um bordão, onde a esquerda desenha a curva sinuosa e no fim, e ao cabo, cai o redondo da mão.

E foi aí que a encontrei, vazia de garra mas vincada de impressão...

A enxada.

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